Reportagem especial

Senhores da estrada: caminhoneiros que chegam e saem de Santa Maria compartilham vivências e relembram histórias

Pâmela Rubin Matge

Foto: Charles Guerra (Diário)

Longas distâncias, cargas de incerteza e saudade marcam a rotina de quem passa a maior parte da vida na boleia de um caminhão. Do imaginário romantizado à realidade precarizada, o maio de 2018 será lembrado na história pelos 11 dias em que o Brasil parou por conta da hegemonia de uma categoria. A paralisação ou greve dos caminhoneiros, a depender da posição ideológica em que se fala, trouxe à tona as consequências que amargos índices econômicos refletem no cotidiano dos brasileiros.

Nos últimos dias, a reportagem do Diário procurou alguns profissionais que percorrem as estradas no intuito de saber o que contam, de onde vêm, para onde vão e qual a leitura que têm da greve da categoria.

Subimos na cabine de veículos de carga e, às margens da RSC-287, provamos o feijão feito no fogareiro que o motorista carregava na carroceria. Buscamos conhecer e apresentar quem são os caminhoneiros de Santa Maria e aqueles que passam e se aquerenciam por algumas madrugadas no Coração do Rio Grande.  

Na reportagem especial deste fim de semana, você vai conhecer um pouco sobre Volmir, Adão, Dirceu, Anildo e Cristiano. Suas histórias, amores, dificuldades e desabafos diante da recente paralisação e da vida.

A PARALISAÇÃO
Correntes de WhatsApp, demissão do presidente da Petrobras, prateleiras vazias e bilhões em prejuízos contrastaram com a pesquisa Datafolha que apontou que 87% dos brasileiros apoiaram a greve. Já na última quinta-feira, o Ministério dos Transportes revogou a tabela dos preços dos fretes depois da pressão dos caminhoneiros.

Em Santa Maria, cidade de berço ferroviário, mas que reflete o cenário nacional tendo como principal via de transporte a malha rodoviária, filas seguiram por quilômetros, sobretudo, nas BRs 392, 158 e 287. Faixas com pedido de intervenção militar e maquinários agrícolas de multinacionais se misturaram aos protestos. No dia 25 de maio, a paralisação atingiu seu ápice, e para além das rodovias, repercutiu em buzinaços de taxistas e mobilização de demais setores pela área central da cidade.

Contudo, é difícil traçar um perfil ou mensurar quantos dos que reivindicavam eram da cidade. Os próprios sindicatos -seja de autônomos, empresas ou empregados do setor de carga (veja abaixo) - não têm essa estimativa, já que muitos caminhoneiros não são sindicalizados. A maioria vem da região norte do Estado e se desloca ao Porto de Rio Grande. Sabe-se, porém, que eles são centenas.

Antropóloga e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rosana Pinheiro Machado descreve uma paralisação sem lideranças, mas, ainda assim, um ato político.

- Estavam fazendo processo político e se politizando. Não acredito na teoria de que foram manipulados, que tenha uma instituição maior, mesmo que beneficiando os patrões. Os próprios caminhoneiros foram protagonistas, e todo mundo ganhou com a mobilização. Viu que era possível parar o Brasil e, inclusive, estremecer o governo. Conversando com eles, percebi que muitos entram na profissão ainda com o imaginário de liberdade, de masculidade, mas acabam dormindo pouco, sofrendo de pressão alta, usando substâncias para ficar acordados e vendo pouco a família. Hoje, ganham menos e têm poder de compra reduzido. É uma profissão vulnerável e marcada pela crescente precarização.

O cientista político Guilherme Howes tem análise diferente:

- Não foi um movimento popular. Teve a adesão da população que foi simpática ao tema (a alta do combustível), mas a pauta foi de um posicionamento político progressista. A mais evidente era o pedido de intervenção militar. Os caminhoneiros serviram de massa de manobra, carregados por uma categoria com capacidade organizativa maior: ruralistas e empresários. Foram transportadoras e donos de frotas que levaram a reboque o movimento. A medida do governo de subsidiar o diesel e abater o frete vão sair do bolso do consumidor.

AS SETE VIDAS DE VOLMIR

Foto: Charles Guerra (Diário)

Ele já foi até "desenganado" pelos médicos, mas, pelas graças de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima, cuja imagem leva tatuada no braço esquerdo, o caminhoneiro Volmir Costa de Moura, 59 anos, acredita ter chegado perto do céu diversas vezes e voltado para terra. No trânsito, foram cinco acidentes com tombamento de cargas, todos com pouca gravidade. Diferentemente do susto que levou no fim da década de 1990: ele dormia dentro do caminhão, no pátio de uma indústria em São Paulo, quando bateram na cabine mostrando um revólver calibre 38 e pedindo dinheiro. À época, entregou cerca de 700 dólares, que pertenciam à firma em que trabalhava. Não foi o suficiente para os ladrões, que acharam pouco e dispararam contra Moura. Ele foi atingido por tiros que feriram-o as costas, o pescoço e uma das pernas.

Antes disso, aos 34 anos, já havia enfrentado um tratamento de saúde após descobrir um tumor na cabeça, depois de uma súbita enxaqueca enquanto dirigia. As cirurgias e internações lhe custaram quatro anos afastado do volante. Anos depois, mal sabe como, mas contraiu leptospirose, e lá foi ele para mais um tratamento. O tempo passou e, em uma das curvas da vida, foi surpreendido com sintomas que diagnosticaram hepatite C, doença que até hoje exige cuidados.

Mas, apesar dos imprevistos e das cicatrizes, segue no volante e diz não ter data para parar. Nessa trajetória, aprendeu um pouco de tudo e se vira como mecânico, cozinheiro, guia turístico. De músico, só o apelido: Chitãozinho, uma referência ao corte de cabelo que mantém e, segundo alguns amigos, pela semelhança com o artista sertanejo.

Caminhoneiro desde a juventude, começou a atividade no Exército e alega conhecer as estradas do Brasil tão bem como conhece cada esquina de Camobi, bairro santa-mariense onde vive com a esposa. Por ali, criou três filhos, que já lhe deram dois netos. Também se enche de orgulho ao contar que muito desbravou rotas internacionais: Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile. Atualmente, segue fazendo fretes de diferentes produtos para dentro e fora do Rio Grande do Sul. Trabalha por comissão.

Nos últimos dias, aderiu à paralisação da categoria e ficou os 11 dias parado em um trecho da BR- 101, em Osório, no litoral norte do Estado.

- A minha vida é isso aqui, não consigo ficar longe do caminhão. Parei nessa greve e pararia de novo para brigar pelo que é nosso e contra os altos salários dos deputados e dos senadores. É meu ganha-pão. E estava acontecendo de o patrão tirar menos (lucro) que eu. Pelo menos, conseguimos baixar o preço do diesel e não pagar mais pedágio quando passamos com o eixo suspenso. Mas ainda tem muita coisa para melhorar, e teria de baixar era o preço da gasolina - decreta Volmir.


DIRCEU, O VIAJANTE SOLITÁRIO

Foto: Charles Guerra (Diário)

O termômetro marcava 6ºC por volta das 21h da última segunda-feira. Dirceu Rufino de Souza, 48 anos, estacionou o caminhão carregado de produtos alimentícios próximo a um posto de combustíveis às margens da RSC-287, em Restinga Sêca. Ali mesmo, passaria a noite. Antes de se recolher para dormir e seguir até Garibaldi, na Serra gaúcha, preparou uma sopa e jantou. Sentou em um banco e usou parte da carroceria que se desdobrava em mesa. Em outra panela, ainda restava um pouco de feijão, que sobrou do meio-dia. O caminhoneiro diz que melhor refeição não há. É uma receita da mãe, que a cada colherada, faz lembrá-lo do afeto materno e da saudade da cidade-natal Umuarama, no Paraná.

A propósito, saudade é coisa cara para Rufino, que embarga a voz ao contar as histórias que não voltam:

- No fim das contas, o que resta é a solidão da estrada. Tenho três filhos que pouco vejo e já perdi quatro casamentos pela vida que tenho. Sinto saudade de vida real, sabe? Ter alguém esperando a gente para voltar. Minha melhor fase foi quando trabalhei em um caminhão boiadeiro em Rondônia entre 2007 e 2011. Por cinco anos eu tive casa e família. Mas, gosto de ser caminhoneiro, não tenho estudo, só sei fazer isso e sou capaz de adoecer se parar. Conheço de tudo um pouco e no Brasil, só me falta ir para Amazônia. Outro problema é que os amigos são de ocasião. A gente nunca deixa outro motorista mal, mas depois perde de vista e pode ser que nunca mais encontre, mesmo tendo um celular.

Em quase três décadas de profissão, foi nas últimas 10 que Rufino teve carteira assinada. Ganha R$ 2,4 mil por mês, mas não tem plano de saúde e teme pela aposentadoria:

- Nem sei se vou me aposentar, e do ganho, sobra pouco. A firma só quer saber de entregar a mercadoria, não pensa no empregado. Quem parou o Brasil foi a nossa classe, sem deixar que se misturasse com política. Mas, no fim, a greve vai beneficiar o patrão. Eu não vou ter aumento, e tudo tenho que bancar por fora. Aqui em Santa Maria até que é barato. Paguei R$ 2 um banho, mas tem cidade que chega cobrar R$ 10, e a água é fria. Os restaurantes e hotéis também são uma careza, daí faço minha comidinha e durmo no caminhão. No outro dia, acordo, ouço o CD do Milionário e José Rico com aquelas mensagens que parecem ter sido feitas para gente e sigo na estrada, não tem outro jeito...


O VIRA-MUNDO DA BOLEIA

Foto: Renan Mattos (Diário)

- Nessas andanças, conheci mais gente boa do que ruim. Andei por Brasil, Uruguai e Argentina. Às vezes, me vem um pensamento e me dá vontade de largar tudo e se largar para longe de novo, mas agora ando só pela volta (cidades da região). Nunca tive medo da estrada, tenho medo é da velhice.

Quem fala esbanjando sinceridade e humor é Anildo Moraes. Aos 48 anos, autointitula-se um vira-mundo. Quando criança, tinha dois sonhos: ser piloto de avião ou motorista de caminhão. Quis o destino que a estrada fosse sua sina, e a boleia, seu espaço de maior paradeiro. Já dirigiu caminhão-baú, caminhão de transporte de grãos, carretas e, atualmente, trabalha em um caminhão-guincho. Na carroceria, já levou gente de carona, produtos diversos e até uma casa de madeira inteirinha "arrancada do chão", do telhado ao assoalho.

Natural de Restinga Sêca, é daqueles que elegeram o Coração do Rio Grande como terra sua. Por aqui, teve um casal de filhos, um casal de netos, conheceu a mulher Virgínia e a maioria dos amigos e dos companheiros de profissão. Sua representatividade junto aos colegas de ofício é reconhecida. Em 1981 ajudou a fundar uma associação para a categoria, hoje, o Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria e Região (Sitracover):

- Não tínhamos apoio de ninguém e faltava representação. Nossos direitos não eram assegurados. Depois, fizemos valer a Lei dos Caminhoneiros (Lei 13.103), que ainda tem que melhorar. Um exemplo é na hora de votar. Difícil estarmos na nossa cidade, e o título eleitoral não permite que eu vote quando estou longe de Santa Maria. Como vou eleger quem eu quero? Outro ponto: só quem trabalha pode saber dos riscos e das dificuldades que passamos. É risco de acidente e de assalto a qualquer hora, em alguns lugares do Brasil, prazo para cumprir, tomando de tudo para poder ficar acordado. Agora, até que mudou bastante, mas há 10, 15 anos atrás, chegávamos andar 200 quilômetros e não achar lugar para comer ou banheiro para usar. Aí, quando se achava, era humilhado. Muita gente tinha aquela visão de que caminhoneiro tinha de ser tratado como bagaceiro. Já me serviram um prato, que paguei pela comida, e pediram para eu comer sentado debaixo de uma árvore, fora do estabelecimento.

Em algumas viagens, a companheira Virginia Sanches Bueno, 56 anos, acompanhava o marido. Quando não podia ir, amargou ausência e saudade, e compartilhou da mesma angústia que sofrem as tantas famílias de caminhoneiros. 

- Era confiar e entregar na mão de Deus. Na época que nem tinha celular , não podia se fazer nada, além de esperar - conta Virginia.

Embora a paralisação tenha sido encabeçada pelos caminhoneiros autônomos, Moraes diz que legitimou a causa. Por se tratar de "uma irmandade caminhoneira", como ele denomina, apoiou o movimento, mas relativizou as repercussões:

- Acompanhei a paralisação dois dias. Quem se beneficiou foi o dono do caminhão e a empresa, porque o preço do diesel não estava dando mais. Um exemplo: uma carga até Curitiba/PR vale uns R$ 7mil. Aí, R$ 5 mil é só de combustível, mais 10% da comissão do motorista. Que lucro o cara vai ter? E se eles (empresa) não vão bem, demitem o funcionário e ninguém vai bem. Somos uma irmandade. Só acho que, logo, esses preços vão voltar a subir. Foi um creme para as rugas, só maquiou. Pelo menos não foi em vão. Serviu para valorizarem a gente, saber a importância que um caminhoneiro tem no Brasil.

NA CARGA DE ADÃO, EXCESSO DE AMOR

Foto: Charles Guerra (Diário)

O homem que arrumou uma namorada por meio de um programa de rádio diz que precisa de pouco para viver. Para Adão Nogueira, 33 anos, uma vida em liberdade e em boa companhia para andar país afora faz de seu sonho de menino uma realidade diária. Antes mesmo de ver um caminhão de perto, já desenhava o veículo em folhas de papel. Caminhoneiro desde os 21 anos, a "tal greve", como menciona, soa um tanto distante. Na rotina de Nogueira, porém, tudo permanece inalterado. Diz que pouco sabe sobre inflação e desconhece o "nome "dos impostos que falam por aí (PIS/Confins). Ele só quer garantidos os 12%, que ganha por frete. Lá no dia 21, quando o movimento começou, Nogueira tirou férias. Deixou o caminhão encostado na rodovia e aproveitou para visitar parentes em Candelária. Quando o trânsito já estava normalizado, voltou ao local e seguiu viagem.

Na última segunda-feira, ele passou por Santa Maria transportando 35 toneladas de casca de arroz. O produto carregado em São Pedro do Sul tinha destino de chegada na cidade de São Paulo, por volta do meio-dia da quarta-feira. Na boleia, seguiam viagem com ele a companheira Mariele, 19 anos, e a filha Tainá, de 3 anos. A formação da família tem como marco um fato inusitado, ocorrido no dia 20 de setembro de 2014. 

- Era noite, e eu passava pelo município de Lagoão e sintonizei 97.3, a Rádio Jacuí (emissora de Sobradinho). Liguei ao vivo para rádio e divulguei meu número de celular. Expliquei que eu vivia na estrada, mas não queria um passatempo, queria alguém para vida inteira. diferentemente da fama aquela de que os caminhoneiros são mulherengos. Minutos depois, recebi uma mensagem. e começamos conversar. Em menos de 15 dias me apresentei para os pais dela e, em dois meses, ela aceitou ir embora comigo. Nossa pequena, que foi gerada dentro do caminhão, nasceu no ano seguinte, dia 30 de agosto de 2015, no dia do aniversário de 15 anos da Mariele - lembra Nogueira.

Em pouco mais de uma década de profissão, o jovem caminhoneiro diz que saiu ileso de diversos acidentes, nunca foi assaltado, ajudou e foi ajudado à beira da estrada. Ainda que declare amor à profissão, nunca teve carteira assinada e, em breve, pretende mudar de rotina:

- A Tainá precisa estudar, e quero ficar por perto dela. Mas Deus me livre ter de ir para um escritório, ficar fechado. Quero arrumar serviço na lá cidade onde temos nossa casa (Caxias do Sul), quem sabe fazer uns fretes e tentar trabalhar com carteira assinada.

DNA CAMINHONEIRO

Foto: Charles Guerra (Diário)

O bisavô, o avô, o pai e os irmãos. Na família Fernandes ,quase todo mundo é caminhoneiro ou tem vontade de ser. Um dos filhos, de 18 anos, já está fazendo a carteira de motorista. "É uma coisa que parece correr no sangue", explica Cristiano Duarte Fernandes. Casado e pai de dois meninos, não esquece o dia que comprou o primeiro caminhão: um Fiat ano 80, cabine marrom, placas IEG: 7249. Deu uma entrada e financiou o restante do caminhão

À época, tinha 22 anos e trabalhava com a família. A aquisição do veículo marcou o primeiro passo profissional.

Hoje, aos 42, olha para trás com gratidão e orgulho pelo que conquistou. Trabalha como autônomo e tem dois caminhões próprios. Não para. Chega de uma viagem, carrega mais uma carga e volta. É difícil encontrar o homem parado. Quando estaciona em uma oficina, como fez na última quarta-feira, no Bairro Lorenzi, é para botar a mão na massa. Confia no amigo mecânico, mas gosta de participar de tudo. Naquele dia, estava reformando uma caixa para guardar as panelas e o fogareiro.

- É a crise. Tem que economizar onde dá. Tem que correr atrás do tempo perdido. O diesel baixou e o frete aumentou, mas ainda não temos fluxo. Tem empresas que não se conscientizaram e não querem pagar o valor estabelecido. Também é complicado aquele que compra um caminhão por hobbie ou para investir, que tem outo emprego e pode fazer frete barato. Aí não tem com concorrer. Eu e minha família vivemos do caminhão, é a nossa única renda - diz.

Viajando quase que diariamente com a carroceria lotada de grãos, não tem mais saído do Estado, mas muito conhece as rodovias do país. De 2009 a 2013, morou em Roraima, onde de lá, ia com frequência transportar cargas para a Venezuela. 

- Devido às despesas e aos pedágios, parei de ir longe, mas sigo trabalhando. Isso aqui (a profissão) é para quem não mede esforços. Sabe o que é ir a Manaus, ficar 10 dias em uma balsa num calor de mais 40°C? Tem que gostar do fundo do coração - justifica Fernandes.

REPRESENTAÇÕES LOCAIS

Sitracover - Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria e Região

  • Fundação - 19 de maio de 1983. Desde de 5 de outubro de 1981, já atuava como Associação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santa Maria
  • Presidente - Rogério Santos da Costa
  • Associados - Cerca de 1,5 mil empregados de empresas de transportes de cargas, de passageiros e das agências e estações rodoviárias de Santa Maria e de 26 municípios da região central do Estado
  • Atuação - Negociações coletivas, representação de trabalhadores junto a ações judicias, conselhos, federações e entidades, além de oferecer convênios na área da saúde e opções de esporte e lazer aos associados.
  • Endereço - Rua Doutor Pantaleão, nº 28. Fone _ (55) 3028-1275
  • Posicionamento na paralisação _ "Acreditamos que povo reconheceu a causa dos caminhoneiros e suas reivindicações. Os brasileiros não aguentam mais as altas frequentes de produtos como combustível, gás de cozinha e energia elétrica, aliados aimpostos sem retorno. Para os trabalhadores do setor de cargas e setores de transportes, esperamos que a redução no preço do diesel se traduza em melhoria salarial, já que um dos grandes vilões nas negociações sempre foi o custo do combustível" 

Sindicam - Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos e Transportadores Autônomos de Bens de Santa Maria e Região Central

  • Fundação - Maio de 2009, com registro sindical em 2010
  • Presidente - Mariano Costa Junior
  • Associados - Cerca de 8 mil profissionais autônomos em 28 municípios da região central do Estado
  • Atuação - Negociações em geral e fiscalização do cumprimento da tabela de fretes. Atualmente trabalha no Pontocam, um local que terá como objetivo criar área que disponha serviços de estacionamento, hotelaria, praça de alimentação e borracharia ao transportador
  • Endereço - Av. Medianeira, nº 1427 _ Anexo à Coopaver. O escritório de atendimento ao transportador BR -392 esq. Rua Adelmo Genro Filho, nº 10 - Sala 01 _ Fone (55)3033-0808
  • Posicionamento na paralisação -  Entendemos que o saldo foi positivo, tendo em vista que praticamente toda a pauta de reivindicações foi atendida. O Sindiscam tomou a postura de apoio à paralisação, no entanto, não podemos assumir obrigações e responsabilidades que estavam além da pauta inicialmente proposta. Quanto às melhorias no setor, só o tempo dirá, sabemos que o trabalho é longo e árduo" 

Sindisama _ Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Santa Maria

  • Fundação - 7 de junho de 1991
  • Presidente - Paulo Rogério Brondani
  • Associados - 64 empresas do seguimento de transportes de grãos, de carga fracionada, de areia, de produtos perigosos guinchos e outros
  • Atuação - Contratos de fretes com embarcadoras (exportadores de grãos, supermercados e atacadistas), convenções coletivas de trabalho com o sindicato obreiro, licença de operação junto à Fepam para transporte de produtos perigosos, além de demandas do departamento jurídico em relação à Lei 13.103, que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista 
  • Endereço - Avenida João Luiz Pozzobon, nº 2.145 - Sala 303. Fone _ (55) 3219-5274
  • Posicionamento na paralisação - "Não podemos nos manifestar, pois estamos sendo penalizados (multados) por uma coisa que não fizemos. Estão nos acusando da prática de locaute*. Muitas empresas estão recebendo multas absurdas porque estavam com seus veículos parados nas manifestações, embora não fosse por adesão, mas, sim, por segurança do nosso motorista e do caminhão" 

*Prática que pode configurar crime quando comprovada. É quando o empregador encerra temporariamente as atividades da empresa e se recusa a oferecer os instrumentos de trabalho em retaliação a reivindicações do empregado e, assim, o impede de trabalhar, podendo implicar no cancelamento de salários. Também conhecida como "greve do empregador".

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EXPEDIENTE


Reportagem
PÂMELA RUBIN MATGE

Fotos
CHARLES GUERRA
RENAN MATTOS



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